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Artigo extraído do site da: http://amazonwatch.org/work/belo-monte-facts 10 Mitos q o Governo Brasileiro quer que você acredite sobre Belo Monte! O Governo tem feito uma poderosa campanha para informar os cidadãos e o mundo que construir a usina de Belo Monte é necessária para impulsionar o crescimento econômico. Deixando de lado as sérias objeções a viabilidade ambiental, econômica e social de Belo Monte, o Governo reivindica que a usina é um modelo de desenvolvimento sustentável. A frágil lógica é baseada numa série de mitos, delineados aqui. Mito #1 A usina não deslocará ou negativamente afetará o povo indígena: A avaliação do impacto ambiental (EIA) considera que as áreas diretamente afetadas são só aquelas que serão inundadas pelos reservatórios. A distinção entre impacto “direto” e “indireto” é dúbia: Os apoiadores de Belo Monte reivindicam que poucas pessoas serão “diretamente afetadas” pela inundação, ainda que as comunidades indígenas sofram impactos “indiretos”, estes sem dúvida os deslocará de suas terras tradicionais. Incluem-se entre eles, a redução do fluxo das águas, escassez de água, perda da navegação, dizimação de espécies de peixes, e aumento de doenças relacionadas a água como a malária. Mito #2: Brasil precisa de Belo Monte e 60 outros projetos maiores na Amazônia para satisfazer cescente demanda por energia: De acordo com um estudo publicado pela World Wildlife Fund (WWF), o Brasil podia cortar sua demanda por eletricidade em 40% por volta de 2020, se investir em eficiência energética. A energia poupada seria equivalente a 14 usinas hidroelétricas do porte da de Belo Monte e resultaria em economia nacional de eletricidade de até US$19 bilhões. A adaptação tecnológica das infraestruturas existentes e investimento em fontes alternativas como a solar, eólica poderia acrescer milhares de megawatts a rede energética do Brasil sem precisar represar outro rio. Por outro lado, Belo Monte seria uma das mais ineficientes usinas na história do Brasil, gerando só 10% dos seus 11,233 megawatts (MW) de capacidade durante a estação seca e uma média de só 39% da sua capacidade normal durante o ano. Mito #3: Belo Monte é um bom investimento: Reivindicando que Belo Monte será uma das “mais baratas fontes de energia” disponível no Brasil, o Governo licitou Belo Monte num valor artificialmente baixo de U$$ 44 por MW/hora. Investidores, contudo, pensam que este teto era muito baixo e não refletia o verdadeiro custo dos seus investimentos. Na realidade, ninguém sabe o verdadeiro custo de Belo Monte: o Governo estima um preço de U$$ 8.7 bilhão, enquanto avaliadores independente estimam mais próximo a U$$ 17 bilhões. Claramente, o Governo está escondendo o fato que Belo Monte não é uma alternativa energética economicamente viável. Incertezas sobre o custo do projeto bem como as flutuações sazonais na capacidade de geração da usina tem feito os investidores cautelosos. Por esta razão o plano do Governo brasileiro de financiar até 80% de Belo Monte usando fundo público de pensão pata fornecer crédito barato através do BNDES, tornando um projeto inviável, viável. Sem estes subsídios públicos, nenhum investidor tocaria Belo Monte. Mito #4: Belo Monte vai gerar empregos: O EIA estima que o projeto atrairá 100,000 migrantes para a região em busca de trabalho, enquanto desloca mais de 20,000 pessoas de suas casas. Não há empregos o bastante para cobrir tal demanda. No auge da construção haverá 40.000 empregos – só 2.000 destes de longa duração – serão criados. O trabalho remanescente será direcionado para derrubar árvores e criar gado, as duas principais causas de devastação de floresta na Amazônia. Além disso, novos migrantes podem gerar tensões sociais na busca de trabalho, empurrando invadindo território indígena e áreas protegidas para sobreviver. Entretanto, as necessidades daqueles que procuram emprego exercerá pressão a uma débil infraestrutura e serviços sociais nas grandes cidades: Altamira, e Vitória do Xingu. Mito #5: Belo Monte fornecerá “energia limpa e renovável”. O reservatório de 668km2 de Belo Monte inundará mais de 400km2 de floresta, gerando enorme quantidade de gás metano, um gás de efeito estufa que é 25 vezes mais potente que o CO². Como outras hidrelétricas, Belo Monte causará considerável destruição direta e indireta, tal como devastação e outros efeitos que interferem no clima como a expansão da criação de gado e interrupção dos ciclos ambientais necessários para suster biodiversidade do rio. Não há nada limpo ou sustentável sobre Belo Monte. Mito #6: Belo Monte fornecerá eletricidade para todos os brasileiros: Enquanto 70% da energia de Belo Monte será vendida para consume público, o remanescente de 30% será comprado pela Eletrobrás para revender para operações industriais. As linhas de transmissões da usina exportarão a energia em grande parte para 8 mineradoras e companhias de construção que consomem 25% de toda energia produzida no Brasil. Certamente, o Governo precisa de eletricidade subsidiada de Belo Monte e outras hidroelétricas para abastecer seu plano de USD $40 bilhões para expandir a mineração no Amazonas até 2014. Entretanto, cidadãos brasileiros continuariam a pagar as mais altas tarifas do mundo desenvolvido em troca de energia de uma das mais ineficientes usinas da história do país. Mito #7: Belo Monte é só uma complexa barragem, não uma série de barragem rio acima. Mito #8: O povo indígena foi propriamente consultado de acordo com a lei brasileira e a Convenção Tribal e Indígena da ILO de 1989 (Agência da Onu). Mito #9: Estudo de impacto ambiental de Belo Monte foi suficiente para validar uma Licença Ambiental. Mito #10: As 40 condições contidas na Licença de Belo Monte e $815 milhões de fundos de mitigação são o bastante para diminuir o impacto do projeto. Traduzido por Wander Carmo a pedido de Eliphaz Levy para blog: visaoplanetaria.blogspot.com (Conteúdo dos itens 7 a 10 serão postados na sequência). |
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