Eco-Exata é uma organização voltada à sustentabilidade e a economia verde. Desenvolvemos cursos e projetos que tornam a convivência homem e meio ambiente mais racional e consciente.
O gestor ambiental (engenheiro ambiental ou tecnólogo em meio ambiente) utiliza técnicas e conhecimentos para garantir o uso
racional dos recursos naturais e a preservação da biodiversidade. Ele
planeja, desenvolve e executa projetos que visam à preservação do meio
ambiente, como programas de reciclagem e de educação ambiental. Ele
analisa a poluição industrial do solo, da água e do ar e a exploração de
recursos naturais e, com base nos dados coletados, elabora estratégias
para minimizar o impacto causado pelas atividades humanas. Trabalha no
setor público ou privado e nas áreas urbanas, rurais ou industriais. É
habilitado para atuar no planejamento ambiental, na exploração de
recursos naturais de maneira sustentável e na recuperação e manejo de
áreas degradadas. http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/meio-ambiente-ciencias-agrarias/gestao-ambiental-686365.shtml
O “solo” é
um material de construção natural, produzido pela natureza ao longo dos
tempos, e que se apresenta de diversas formas. Sob um ponto de vista
puramente técnico, aplica-se o termo solo a materiais da crosta
terrestre que servem de suporte, são arrimados, escavados ou perfurados e
utilizados nas obras de Engenharia Civil. Tais materiais, por sua vez,
reagem sob as fundações e atuam sobre os arrimos, coberturas e
construção, resistem aos esforços influenciando as obras segundo suas
propriedades e comportamento.
Convenientemente, tratado com
pequenas doses de ligantes hidráulicos, o solo tem seu desempenho
físico-mecânico, assim como a resistência à ação da água
substancialmente melhorada, usado na fundação à cobertura, fato de suma
importância, já que aquelas propriedades ditam os limites do
planejamento físico e a escolha do sistema estrutural, além de
oportunizar a competição com materiais nobres e mais caros. Temos no solo índices físicos como: Porosidade
Relação do volume de vazios pelo volume total da massa de solo analisado.
Índice de Vazios
Relação do volume de vazios pelo volume de sólidos da massa de solo analisada.
Umidade Natural
Relação do peso da água pelo peso do material sólido da massa de solo analisada.
Peso Específico
É a relação entre o peso de um determinado fragmento pelo seu volume.
Forma das Partículas:
A parte sólida de um solo é constituída por partículas e grãos que tem as seguintes formas.
Esferoidais
Possuem dimensões aproximadas em todas as direções e poderão, de acordo
com a intensidade do transporte sofrido, ser angulosas ou esféricas.
Ex.: solos arenosos ou pedregulhos.
Lamelares
Nos solos de constituição granulométrica mais fina, onde as partículas
apresentam-se com estas formas, há predomínio de duas das dimensões
sobre a terceira.
Placóides e Fibrosas
Ocorrem nos solos de origem orgânica, onde uma das dimensões predomina sobre as outras duas.
Tamanho das Partículas:
O comportamento dos solos está ligado, entre outras características, ao
tamanho das partículas que os compõem. De acordo com a granulometria, os
solos são classificados nos seguintes tipos, seguindo o tamanho
decrescente dos grãos:
Pedregulho ou cascalho; Areias (grossas, médias ou finas); Siltes; Argilas; Entre outros. Na natureza, raramente um solo é do
tipo “PURO”, isto é, constituído na sua totalidade de uma única
granulometria. Dessa maneira, o comum é o solo apresentar certa
percentagem de areia (grossa, média e fina), silte, argila, cascalho,
etc.
Portanto, os solos são classificados
de acordo com a seguinte nomenclatura – o elemento predominante é
expresso por um substantivo e os demais por um adjetivo. Exemplo: Areia argilosa é um solo
predominantemente arenoso com certa percentagem de argila. Assim,
deveremos sempre conhecer antes o tipo de solo ao utilizá-lo em sua
aplicação.
Tipos de Solo:
São
vários os tipos solos (terra) encontrados em nossa superficie, mas
vamos nos ater em quatro, que são os mais comentados em nosso meio.
SOLOS (TERRA) MISTOS
São os mais indicados para serem
utilizados na fabricação de Blocos, Tijolos e Pisos Ecológicos desde que
tenham maior quantidade de areia. Quanto maior a quantidade de areia
melhor a resistência dos mesmos, podendo chegar até 90% de areia da
mistura das partículas. Na natureza a maioria dos solos está composta
por uma mistura de partículas de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos
finos (coesivos) com outros de maior granulometria. Seu comportamento
esta diretamente relacionado à percentagem de partículas finas
existentes, em relação às particulas grossas.
É importante se dizer que solos
mistos compostos de partículas redondas e/ou lisas são muito mais
suscetíveis à compactação que aqueles compostos por partículas com
arestas vivas ou angulares. Entretanto, ao se comparar solos com igual
grau de compactação, aqueles que possuem partículas angulares e/ou de
arestas vivas (alto grau de rugosidade) possuem maior capacidade de
carga que aqueles compostos por partículas de textura lisa, ainda que
estes últimos apresentem menor granulometria.
Para os solos mistos, deve-se
analisar a sua composição para se decidir corretamente que tipo de
máquina usar, os solos mistos precisam de uma exelente compactação para
que em sua mistura (composto) a ser prensada tenha uma economia maior em
cimento e que fique fácil de fazer a retirada dos Blocos, Tijolos e
Pisos Ecológicos da máquina, dando maior economia em sua fabricação e
ganhado excelente resistência.
SOLOS (TERRA) ARGILOSOS
Um dos principais tipos de solo, o
Argiloso, é o que se retira de mananciais (fonte de armazenamento de
água que abastece o lençol freático, riachos e rios) para a fabricação
de bloco e tijolo cerâmico. Também temos solos com alto índice de argila
como é o caso da terra roxa, amarelada e entre outras, no Brasil
geralmente é encontrado em vários estados. Este tipo de solo é bom para a
prática da agricultura, possui consistência fina, não são tão arejados,
mas armazenam mais água.
São menos permeáveis, a água vai
passando lentamente, ficando então armazenada. Sua composição é de boa
quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e
hematita). As partículas são finas e espalmadas, e têm tendência das
particulas granulometricas se colarem umas às outras, de tal modo, que
não deixam quase nenhum espaço poroso entre elas. Quando molhados, estes
solos ficam lamacentos e difíceis de se trabalhar. Mas quando
finalmente secam, em geral, tornam-se tão rígidos que racham com o
calor.
Para a prática de fabricação dos
Blocos e Tijolos Ecológicos dependendo da elevada quantidade de argila,
algumas vezes será necessário agregar na mesma areia, pó e pedra,
resíduos de construção, resíduos industriais e entre outros, para
criarmos rugosidades, melhorando consideravelmente a resistência e
diminuindo a adição do cimento. Que fique claro, pode-se fazer Blocos e
Tijolos Ecológicos com terras mais argilosas, mas dependendo do elevado
grau de argila se gasta mais em cimento. Para economizarmos, temos que
melhorar sua granulometria com as misturas acima citadas, incluindo uma
excelente compactação e que a máquina seja flexível para atender dentro
das expectativas impostas pelo solo argiloso.
Exemplo: O solo argiloso é
formado por partículas finas e espalmadas e têm a tendência das
particulas granulométricas se colarem quando umedecidas umas às outras,
de tal modo, que deixam espaço entre elas criando vazios entre os grãos.
Por isso, a Máquina Hidráulica tem que ter uma mobilidade técnica para
suprir as necessidades de junção de grãos granulométricos, para que
possa compactar de tal forma, que tire todos os vazios do composto
misturado. Para que isso aconteça, o limite da
altura dos Blocos e Tijolos Ecológicos não pode ser determinado pelo
fabricante das máquinas, e sim, pela máquina através de seu operador que
fornecerá a altura correta.
Tudo deverá ser ajustado de acordo com o
composto misturado, assim teremos um excelente composto aliado a uma
ótima prensagem. Pois, é bom destacar, que o solo argiloso dá a sensação
que está prensado, mas ele pode estar apenas moldado. Portanto, pela
forma que o Tijolo se apresenta, ele pode parecer estar compactado, por
isso devemos tomar cuidados básicos e ver se realmente isso ocorreu. Mas
vale a pena lembrar que é mais econômico utilizar quanto menos argila
possível, já que o seu uso de forma acentuada é somente aconselhável
quando não encontrar próximo da produção solos com índice de areia mais
elevado que o da argila.
SOLOS (TERRA) ORGÂNICOS
São os que ficam na superfície do
solo, como folhas, raízes, dejetos e entre outros. O solo orgânico não
serve e não deve ser usado para a fabricação de Blocos, Tijolos e Pisos
Ecológicos. A camada que contém material orgânico depende muito do tipo
do solo, como também do local onde ele se encontra. Mas, geralmente,
localiza-se mais ou menos a uns 30 centímetros da superfície que deve
ser retirada para a extração do solo considerado bom a ótimo, sendo que
depois deve ser recolocada de volta para manter suas características
normais. Há locais onde o solo orgânico está muito profundo da crosta
terrestre não sendo viável removê-lo, pois, em baixo também está
proliferado com material orgânico.
SOLOS (TERRA) SILTOSOS
Com grande quantidade de silte,
geralmente são muito erosíveis. De acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, a NBR 6502, sobre Rochas e solos - Terminologia
de 1995, define silte como: solo que apresenta baixa ou nenhuma
plasticidade e que exibe baixa resistência quando seco ao ar. Suas
propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração
silte.
O silte não se agrega como a argila, e
ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves. A produção
do silte ocorre pelo esmigalhamento mecânico das rochas, ao contrário da
erosão química que resulta nas argilas. Este esmigalhamento mecânico
pode ser devido a ação de geleiras, pela abrasão, pela erosão eólica,
bem como pela erosão devido às águas, como nos leitos dos rios e
córregos. Neste caso, para fabricação de Blocos e Tijolos Ecológicos
deve ter o mínimo possível de silte para não comprometer a qualidade dos
mesmos.
SOLO (TERRA) IDEAL PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS, TIJOLOS E PISOS ECOLÓGICOS. O solo é o elemento que entra em
maior proporção na mistura, ou seja, no composto homogeneizado como
solo-cimento, resíduo de construção civil ou industrial, ou somente
resíduos e entre outros materiais utilizados para a fabricação dos
Blocos e Tijolos e Pisos Ecológicos.
Portanto é muito importante se
atentar à escolha correta dos materiais utilizados neste processo,
principalmente do solo (terra), que deve ser selecionado de modo que
permita o uso da menor quantidade possível de cimento.
Não devem ser utilizados
solos que contenham matéria orgânica, pois elas podem prejudicar ou
alterar a hidratação do cimento, caso este seja usado em uma mistura, o
mesmo deve ser peneirado para retirada das raízes, folhas e outras
impurezas que possam aparecer.
Embora existam solos que sozinhos não
podem ser utilizados no processo, há possibilidade de se misturar dois
ou mais tipos para obtenção de um solo viável que se estabilize e possa
ser usado na técnica solo-cimento e entre outros.
O solo antes de ser homogeneizado
(misturado) com o cimento ou outros, deve estar de preferência seco, mas
caso não seja possível, o aconselhável é que esteja no máximo úmido
porque um solo molhado é difícil de ser prensado pela ação da água, pelo
fato da água agregar os grãos criando vazios dentro da caixa molde onde
são moldados e prensados.
É muito importante fazer uma
avaliação prévia da jazida do solo (terra) que será utilizada,
realizando testes e ensaios de compactação, para analisar a quantidade
que você precisa em sua produção e não faltar no meio do lote desejado.
Os povos antigos
Nossos ancestrais souberam utilizar
muito bem a terra, milhares de construções foram erguidas ao longo dos
séculos, muitas existentes até hoje. Dentre as mais antigas com uso do
solo está o Povoado de Taos, no Novo México/EUA, habitado e mantido
pelos descendentes dos índios Taos.
Se a própria história da humanidade
demonstra que o solo é firme como rocha quando utilizado tecnicamente da
forma correta, imagine o resultado disso com a adição de outras
matérias primas e principalmente, usando Máquinas Hidráulicas modernas
para a prensagem do solo deixando-o estabilizado, para lhe trazer mais
efeitos benéficos. Portanto, a técnica solo estabilizado (solo –
cimento, resíduos de construção civil e industrial) é capaz de produzir
um aumento enorme na resistência mecânica nas construções que utilizam o
solo (terra).
O plástico é derivado do petróleo, proveniente de resinas sintéticas referidas como polímeros.
O termo “plástico” tem origem grega, cuja palavra “plastikós” designa
algo referente à moldagem. É uma estrutura flexível, facilmente
moldável. Seu uso principal predomina em embalagens de diversos
produtos, itens de uso pessoal, garrafas, sacolas de mercado, sacos de
lixo e até brinquedos.
O
primeiro plástico, conhecido como celulose, surgiu em 1864. O atual PVC
– Policloreto de Vinila – surgiu em 1913, a passou a ser
industrializado durante a II Guerra Mundial.
Do petróleo, entre os derivados, retira-se o “nafta” que é encaminhado
às indústrias petroquímicas, onde são gerados os gases eteno e propeno.
Por meio de processamento químico, essas substâncias são
transformadas em resinas plásticas ou polímeros. Na indústria e no
comércio atual, o plástico tem substituído a madeira, metais, itens
metálicos, o vidro, o papel e as fibras animais e vegetais,
representando vantagens no custo e na sua utilização.
Para mitigar a poluição emitida no processo de fabricação do plástico e seu descarte nocivo na natureza, as empresas e governos de todo mundo têm implementado sistemas de coleta e reciclagem. O processo de reciclagem do plástico é referida como revalorização.
Inicialmente, o plástico é coletado e moído. Posteriormente, o
material moído é lavado e enviado a um processo de descontaminação,
permitindo a sua granulação. Todo o processo de seleção, moagem, lavagem e descontaminação seguem padrões específicos.
No Brasil, a reciclagem do plástico
é um grande desafio pela falta de consciência por parte da indústria e
das redes varejistas e pela facilidade de uso e descarte. O plástico
coletado pode ser proveniente de postos de coleta seletiva, programas
sociais, escolas, cooperativas de catadores ou simplesmente do lixão.
A reciclagem
do plástico representa 17,5%. O nosso país conta com o programa
“Plastivida” implementado pela Associação Brasileira da Industria Química
(Abiquim). Pelas pesquisas realizadas pela entidade, atualmente, o
Brasil está acima de países como Portugal e Grécia, países que reciclam
abaixo de 5% de seu plástico usado.
O Brasil apresenta um forte potencial de produção para a reciclagem
do plástico, estima-se que o nosso país tenha a capacidade instalada na
indústria de 340 mil toneladas ao ano em produção. Em 2002, o Brasil
produziu 3,9 milhões de toneladas de plástico e, segundo a Plastivida, o
Rio Grande do Sul lidera o índice de reciclagem pós-consumo com uma
taxa de 27,6%, seguido por Ceará (21,3%) e o Rio de Janeiro (18,6%).
Nos últimos anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial em reciclagem de latas de alumínio.
Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio consumido. O Japão ficou
em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina , com 88,2%.
Os dados são publicados e atualizados pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e pela Associação da Indústria de Latas (Abralatas). O Brasil conseguiu formar um ciclo permanente de reciclagem e reaproveitamento do alumínio contido nas latinhas.
A reciclagem de alumínio representa uma importante economia de energia
para as indústrias.
O processo de reciclagem consome 700 kw/h ao ano, o
que representa 5% a menos em comparação ao gasto na fabricação que
abrange os processos de elaboração inicial do alumínio, de transformação
da bauxita em alumina e a finalização do material em barras de
alumínio.
A economia de energia elétrica alcançada com o processo de reciclagem daria para abastecer uma cidade do tamanho de Campinas – SP. No outro extremo, o ciclo de reciclagem gera oportunidades de ganho financeiro
e de mercado para os catadores de latinha e para as cooperativas. A
latinha catada nas ruas rende por unidade mais do que o quilo do papel e
das garrafas pet.
A cada 74 latinhas recolhidas, o catador recebe cerca de 3 reais ,
enquanto que pelo quilo de papel, recebe 10 centavos; por 20 garrafas
pet de 2 litros, recebe 0,30 centavos.
A reciclagem do alumínio, insumo principal na
produção das latas de cerveja e refrigerantes, representa uma grande
vitória contra a degradação da natureza. Estima-se que o alumínio pode
levar de 100 a 500 anos para se degradar por completo na natureza,
enquanto que o ciclo da reciclagem o elimina em 30 dias.
O alumínio é uma material 100% reciclável, e seu reaproveitamento
elimina a necessidade de emissão de CO2 na atmosfera pela produção. A
emissão cai para 5% no processo de reciclagem.
A reciclagem é feita em dez etapas, por possuir um valor residual
mais elevado torna-se numa fonte de renda mais atrativa em comparação ao
plástico e ao papel. A sucata de alumínio vale 33 vezes a mais do que o
aço e, 55 vezes a mais, do que o vidro.
Confira a seguir os dez procedimentos da reciclagem:
Compra: as latas são compradas pelos consumidores, junto com a bebida.
Consumo: depois de consumida a bebida, a lata vazia é levada por sucateiros aos postos de coleta.
Coleta: Nesses locais, as embalagens são prensadas com todas as suas partes (corpo, tampa e anel)
Prensagem: Neste estágio, as latas são prensadas
novamente. Desta vez, em grandes fardos, como são chamados os “pacotes”
volumosos e pesados, fáceis de serem transportados.
Fundição: As latinhas são derretidas em fornos especiais para latas de alumínio
Lingotamento: Aqui todo o material é transportado em lingotes fundidos sob a forma de tiras, apropriadas para uma refusão ou transformação
Laminação: Os lingotes passam por um processo de
deformação plástica no qual o material passa entre rolos e se transforma
em bobinas de alumínio
Novas Latas: As bobinas são usadas para fazer novas latinhas
Enchimento: Na fábrica de bebidas, as latas passam por um processo de enchimento para ganhar aquele tradicional formato “oco” que conhecemos
Consumo: Depois as latas são distribuídas mais uma vez aos pontos de venda, fechando o ciclo de reaproveitamento do alumínio.
A borracha em seu estado natural é proveniente da seiva da seringueira, referida como um polímero. A seringueira é uma árvore nativa da Amazônia
e sua adaptação em regiões tropicais da Ásia derrubou o ciclo comercial
da borracha que havia no fim do século XIX e início do século XX.
No
decorrer do século XX, na Alemanha, criou-se uma tecnologia capaz de
fabricar a borracha a partir do petróleo, a borracha sintética. A
borracha sintética é similar à natural, mas não possui a mesma resistência ao calor. Até os dias atuais, muitos artefatos são compostos por borracha sintética e natural.
No Brasil, 70% de toda borracha fabricada é destinada para a produção
de pneus. A outra parte serve de insumo para a fabricação de calçados,
instrumentos cirúrgicos e até preservativos.
Na reciclagem da borracha, o ator principal entre os
material descartados é o pneu. O pneu foi inventado em 1845 por Charles
Goodyear. O pneu é composto por 10% de borracha natural (látex), 30% de
petróleo (a borracha sintética) e 60% de aço e tecidos de lona.
Na Holanda, segundo um estudo realizado pela Universidade de Vrije, em todo o mundo
são fabricados cerca de 2 milhões de pneus novos por dia, uma média de
730 milhões de pneus ao ano. Por outro lado, o planeta descarta 800
milhões de pneus ao ano. No Brasil, são 17 milhões de pneus descartados
ao ano.
No processo de reciclagem do pneu é necessário
separar a borracha dos demais componentes por meio de cortes que
posteriormente submete a borracha à purificação em peneiras. Cada lasca
cortada é moída e posta em processo de digestão em vapor d’ água com
produtos químicos capazes de desvulcanizar a borracha usando bases e os óleos minerais.
Em comparação à borracha original, a borracha reciclada possui
características físicas inferiores, serve para a fabricação de cobertura
de áreas de lazer e quadras de esporte, fabricação de tapetes de
automóveis, solados de sapatos, colas, câmaras de ar, material de
limpeza como rodo, buchas e outras peças de borracha.
Um pneu usado também pode ser recauchutado com o adicionamento de novas camadas de borracha em pneus carecas. A recauchutagem
estende a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia. O pneu
velho ainda pode ser usado no lugar do carvão para geração de energia.
Assista no vídeo abaixo alguns trechos do processo de recauchutagem:
Em Budapeste, Hungria, um engenheiro húngaro criou uma tecnologia de reciclagem
de resíduos sólidos de borracha e pneus. Sua ideia foi transformar a
borracha em grânulos para a formatação de aglutinados em blocos
modulares e transformados em pisos de revestimento capaz de absorver
líquidos pela porosidade no material reaproveitável.
O vidro é uma substância inorgânica,
amorfa e homogênea, é gerado pelo resfriamento de massa em fusão que
solidifica pela crescente viscosidade até o ponto de rigidez, sem
atingir o ponto de cristalização.
O vidro foi descoberto por acaso, quando navegadores ao acenderem uma fogueira na praia, descobriram que areia em contato com o cálcio das conchas em alta temperatura produziam a substância do vidro. Estima-se que por volta de 7.000 a.C os povos da Síria e da Babilônia já o utilizavam.
Nos tempos atuais, a reciclagem do vidro ocorre principalmente por meio do derretimento do vidro antigo para a geração de um novo. No processo de reciclagem o vidro é selecionado por cores: incolor, verde e marrom.
Na maioria dos casos, os vidros encontrados nos lixões são provenientes do lixo doméstico e comercial, abrangendo garrafas, lâmpadas incandescentes, molduras, janelas e potes de conservação para alimentos.
Reciclar vidro é mais econômico do que produzi-lo.
Produzir um novo vidro exige o uso dos insumos básicos como a areia, o
calcário, o carbonato de sódio e equipamentos de elevação de
temperatura. Na reciclagem do vidro usado, todos esses componentes são
naturalmente reutilizados. O termo “cullet” refere-se a um vidro pronto
novamente derretido.
É um material facilmente reciclável, não possui substâncias tóxicas e nocivas ao meio ambiente. A sua produção não implica em poluição atmosférica,
pois boa parte dos fornos atuais utilizados para a sua fundição são
ligados pela energia elétrica. Muitas fábricas utilizam o gás natural no
lugar da eletricidade para diminuir os custos de produção e diminuir o
impacto ambiental.
Há dois processos básicos de reciclagem: derretimento e moagem.
Derretimento
Processo mais comum e mais conhecido, requer menor energia para a
fundição. Nesse processo o vidro é rederretido e é muito utilizado em
escala industrial.
Moagem
Na moagem o vidro moído pode ser adcionado ao cimento como
reforço ao material de construção, eliminando a necessidade de adição de
componentes agregados na construção civil.
Nesse processo, o vidro é moído ou quebrado em cacos. Porém, a sua
utilização no cimento tem exigido maiores pesquisas para determinar o
grau da reação álcali-agregado, pois o vidro é composto por sílica
substância que pode reagir ao álcalis do cimento em meio aquoso,
compromento a qualidade do concreto.
Só
no Brasil foram produzidos, em 2008, cerca de 8 milhões de toneladas de
papel (BRACELPA) e, segundo estimativas os números tendem a aumentar.
Ao contrário do que diz o senso comum, o acesso a tecnologias como a
internet e o e-mail estão contribuindo para o aumento do consumo de
papel uma vez que a maioria das pessoas ainda prefere ler textos e
livros em meio físico do que em meio eletrônico. Por isso é cada vez
mais importante o trabalho feito pelas empresas na reciclagem dos diversos tipos de papel contribuindo para que haja um menor impacto no meio ambiente.
Atualmente cerca de 50% do papel consumido no Brasil é reciclado e o
percentual varia de acordo com o tipo de papel: papéis ondulados (tipo
caixa de papelão) tiveram uma taxa de reaproveitamento de 79.5% em 2007;
e papéis de escritório (revistas, folhetos, papéis de carta, papel
branco, etc.) tiveram no mesmo ano um reaproveitamento de 38.1%, o que
representa 817 mil toneladas de papel de escritório (CEMPRE).
Os benefícios da reciclagem do papel
incluem a redução no consumo de água utilizada na produção, assim como
no consumo de energia muito embora os números sejam bastante divergentes
de uma empresa para outra dependendo do tipo de tecnologia empregada
e da eficiência do processo. Mas é fato que com a reciclagem de papel
deixa-se de cortar árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de
aparas (papéis cortados usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a
20 árvores.
Os tipos de papéis que podem ser reciclados são os seguintes:
papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes,
fotocópias, e impressos em geral; os não recicláveis são: papel
higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e
adesivos. Todos os papéis reciclados depois de coletados por
cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os
“aparistas” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e
novamente vendidas para as indústrias.
O processo de reciclagem do papel é basicamente o
seguinte: as aparas adquiridas pelas indústrias são trituradas em uma
espécie de liquidificador gigante com água para que suas fibras sejam
separadas. Depois um processo de centrifugação irá separar algumas
impurezas como areia, grampos e etc.. Em seguida, são acrescentados
produtos químicos para retirar a tinta e clarear o papel. Após o
clareamento sobrará uma pasta de celulose
que pode receber o acréscimo de celulose virgem dependendo da qualidade
do papel que se quer produzir. Esta pasta é que será prensada e seca em
diferentes equipamentos para formar o papel pronto para consumo.
O preço do papel de escritório reciclado costuma ser maior
que o do papel novo devido ao fato de que a demanda ainda é maior que a
procura, pois são poucas as indústrias que estão preparadas para
produzi-lo. Por isso, o melhor mesmo é reduzir o consumo. Medidas
simples como imprimir nos dois lados da folha, aproveitar
o papel usado como rascunho e só imprimir o que for realmente
necessário ajudam são ainda mais eficazes na redução dos impactos
ambientais. E aí sim, o que não for possível reutilizar deve ser
encaminhado para a reciclagem.
As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, como o mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos.
Grande parte das pilhas e baterias descartadas são jogadas no lixo comum sem nenhum tratamento técnico
específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há uma obrigatoriedade que
exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades mínimas ou
nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.
Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 1999. A resolução foi lançada
para coibir os pronunciamentos de diversas empresas que insistiam em
afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo
naturalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.
Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável nos aterros sanitários.
No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Muitas
pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.
Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é
mínima, as pessoas ainda possuem a cultura de descartar pilhas usadas no
lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por exemplo,
nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1%
das pilhas descartadas são recicladas.
Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos.
Grande parte desses resíduos, segundo o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescentes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.
Se a reciclagem
de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número
satisfatório pela falta de consciência por parte do consumidor, postos
de coletas nas lojas, fiscalização nos procedimentos de retirada por
parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e educação
que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o
impacto ambiental causado pelas pilhas e baterias é substituir, na
produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos .
Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas
alcalinas ou por pilhas recarregáveis na tentativa de diminuir o
descarte e o uso de metais pesados.
Na nave Terra não há passageiros, só tripulantes. Cabe a cada um de nós assumir o seu posto!
Não importa o que as pessoas lhe digam...sim, palavras e idéias, podem mudar o mundo.
Vou postar aqui videos, textos de conscientização ecológica e links de sites importantes do gênero. Seja um frequentador assíduo deste espaço e contribua também. Seus textos e dicas são sempre bem vindos! Abrçs!