Visitantes

Seguidores

sexta-feira, 22 de março de 2013

Tipos de Solo



O “solo” é um material de construção natural, produzido pela natureza ao longo dos tempos, e que se apresenta de diversas formas. Sob um ponto de vista puramente técnico, aplica-se o termo solo a materiais da crosta terrestre que servem de suporte, são arrimados, escavados ou perfurados e utilizados nas obras de Engenharia Civil. Tais materiais, por sua vez, reagem sob as fundações e atuam sobre os arrimos, coberturas e construção, resistem aos esforços influenciando as obras segundo suas propriedades e comportamento.


Convenientemente, tratado com pequenas doses de ligantes hidráulicos, o solo tem seu desempenho físico-mecânico, assim como a resistência à ação da água substancialmente melhorada, usado na fundação à cobertura, fato de suma importância, já que aquelas propriedades ditam os limites do planejamento físico e a escolha do sistema estrutural, além de oportunizar a competição com materiais nobres e mais caros.
Temos no solo índices físicos como:
 
Porosidade
Relação do volume de vazios pelo volume total da massa de solo analisado.


Índice de Vazios
Relação do volume de vazios pelo volume de sólidos da massa de solo analisada.


Umidade Natural
Relação do peso da água pelo peso do material sólido da massa de solo analisada.


Peso Específico
É a relação entre o peso de um determinado fragmento pelo seu volume.


Forma das Partículas:
A parte sólida de um solo é constituída por partículas e grãos que tem as seguintes formas.


Esferoidais
Possuem dimensões aproximadas em todas as direções e poderão, de acordo com a intensidade do transporte sofrido, ser angulosas ou esféricas. Ex.: solos arenosos ou pedregulhos.


Lamelares
Nos solos de constituição granulométrica mais fina, onde as partículas apresentam-se com estas formas, há predomínio de duas das dimensões sobre a terceira.


Placóides e Fibrosas
Ocorrem nos solos de origem orgânica, onde uma das dimensões predomina sobre as outras duas.


Tamanho das Partículas:
O comportamento dos solos está ligado, entre outras características, ao tamanho das partículas que os compõem. De acordo com a granulometria, os solos são classificados nos seguintes tipos, seguindo o tamanho decrescente dos grãos:


Pedregulho ou cascalho;
Areias (grossas, médias ou finas);
Siltes;
Argilas;
 
Entre outros.
Na natureza, raramente um solo é do tipo “PURO”, isto é, constituído na sua totalidade de uma única granulometria. Dessa maneira, o comum é o solo apresentar certa percentagem de areia (grossa, média e fina), silte, argila, cascalho, etc.

Portanto, os solos são classificados de acordo com a seguinte nomenclatura – o elemento predominante é expresso por um substantivo e os demais por um adjetivo.
Exemplo: Areia argilosa é um solo predominantemente arenoso com certa percentagem de argila. Assim, deveremos sempre conhecer antes o tipo de solo ao utilizá-lo em sua aplicação.

Tipos de Solo:
São vários os tipos solos (terra) encontrados em nossa superficie, mas vamos nos ater em quatro, que são os mais comentados em nosso meio.

SOLOS (TERRA) MISTOS

São os mais indicados para serem utilizados na fabricação de Blocos, Tijolos e Pisos Ecológicos desde que tenham maior quantidade de areia. Quanto maior a quantidade de areia melhor a resistência dos mesmos, podendo chegar até 90% de areia da mistura das partículas. Na natureza a maioria dos solos está composta por uma mistura de partículas de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos finos (coesivos) com outros de maior granulometria. Seu comportamento esta diretamente relacionado à percentagem de partículas finas existentes, em relação às particulas grossas.

É importante se dizer que solos mistos compostos de partículas redondas e/ou lisas são muito mais suscetíveis à compactação que aqueles compostos por partículas com arestas vivas ou angulares. Entretanto, ao se comparar solos com igual grau de compactação, aqueles que possuem partículas angulares e/ou de arestas vivas (alto grau de rugosidade) possuem maior capacidade de carga que aqueles compostos por partículas de textura lisa, ainda que estes últimos apresentem menor granulometria.

Para os solos mistos, deve-se analisar a sua composição para se decidir corretamente que tipo de máquina usar, os solos mistos precisam de uma exelente compactação para que em sua mistura (composto) a ser prensada tenha uma economia maior em cimento e que fique fácil de fazer a retirada dos Blocos, Tijolos e Pisos Ecológicos da máquina, dando maior economia em sua fabricação e ganhado excelente resistência.

SOLOS (TERRA) ARGILOSOS

Um dos principais tipos de solo, o Argiloso, é o que se retira de mananciais (fonte de armazenamento de água que abastece o lençol freático, riachos e rios) para a fabricação de bloco e tijolo cerâmico. Também temos solos com alto índice de argila como é o caso da terra roxa, amarelada e entre outras, no Brasil geralmente é encontrado em vários estados. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura, possui consistência fina, não são tão arejados, mas armazenam mais água.

São menos permeáveis, a água vai passando lentamente, ficando então armazenada. Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita). As partículas são finas e espalmadas, e têm tendência das particulas granulometricas se colarem umas às outras, de tal modo, que não deixam quase nenhum espaço poroso entre elas. Quando molhados, estes solos ficam lamacentos e difíceis de se trabalhar. Mas quando finalmente secam, em geral, tornam-se tão rígidos que racham com o calor.
Para a prática de fabricação dos Blocos e Tijolos Ecológicos dependendo da elevada quantidade de argila, algumas vezes será necessário agregar na mesma areia, pó e pedra, resíduos de construção, resíduos industriais e entre outros, para criarmos rugosidades, melhorando consideravelmente a resistência e diminuindo a adição do cimento. Que fique claro, pode-se fazer Blocos e Tijolos Ecológicos com terras mais argilosas, mas dependendo do elevado grau de argila se gasta mais em cimento. Para economizarmos, temos que melhorar sua granulometria com as misturas acima citadas, incluindo uma excelente compactação e que a máquina seja flexível para atender dentro das expectativas impostas pelo solo argiloso. 

Exemplo: O solo argiloso é formado por partículas finas e espalmadas e têm a tendência das particulas granulométricas se colarem quando umedecidas umas às outras, de tal modo, que deixam espaço entre elas criando vazios entre os grãos. Por isso, a Máquina Hidráulica tem que ter uma mobilidade técnica para suprir as necessidades de junção de grãos granulométricos, para que possa compactar de tal forma, que tire todos os vazios do composto misturado.
Para que isso aconteça, o limite da altura dos Blocos e Tijolos Ecológicos não pode ser determinado pelo fabricante das máquinas, e sim, pela máquina através de seu operador que fornecerá a altura correta. 

Tudo deverá ser ajustado de acordo com o composto misturado, assim teremos um excelente composto aliado a uma ótima prensagem. Pois, é bom destacar, que o solo argiloso dá a sensação que está prensado, mas ele pode estar apenas moldado. Portanto, pela forma que o Tijolo se apresenta, ele pode parecer estar compactado, por isso devemos tomar cuidados básicos e ver se realmente isso ocorreu. Mas vale a pena lembrar que é mais econômico utilizar quanto menos argila possível, já que o seu uso de forma acentuada é somente aconselhável quando não encontrar próximo da produção solos com índice de areia mais elevado que o da argila.

SOLOS (TERRA) ORGÂNICOS

São os que ficam na superfície do solo, como folhas, raízes, dejetos e entre outros. O solo orgânico não serve e não deve ser usado para a fabricação de Blocos, Tijolos e Pisos Ecológicos. A camada que contém material orgânico depende muito do tipo do solo, como também do local onde ele se encontra. Mas, geralmente, localiza-se mais ou menos a uns 30 centímetros da superfície que deve ser retirada para a extração do solo considerado bom a ótimo, sendo que depois deve ser recolocada de volta para manter suas características normais. Há locais onde o solo orgânico está muito profundo da crosta terrestre não sendo viável removê-lo, pois, em baixo também está proliferado com material orgânico.

SOLOS (TERRA) SILTOSOS

Com grande quantidade de silte, geralmente são muito erosíveis. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, a NBR 6502, sobre Rochas e solos - Terminologia de 1995, define silte como: solo que apresenta baixa ou nenhuma plasticidade e que exibe baixa resistência quando seco ao ar. Suas propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte.
O silte não se agrega como a argila, e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves. A produção do silte ocorre pelo esmigalhamento mecânico das rochas, ao contrário da erosão química que resulta nas argilas. Este esmigalhamento mecânico pode ser devido a ação de geleiras, pela abrasão, pela erosão eólica, bem como pela erosão devido às águas, como nos leitos dos rios e córregos. Neste caso, para fabricação de Blocos e Tijolos Ecológicos deve ter o mínimo possível de silte para não comprometer a qualidade dos mesmos.

SOLO (TERRA) IDEAL PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS, TIJOLOS E PISOS ECOLÓGICOS.
O solo é o elemento que entra em maior proporção na mistura, ou seja, no composto homogeneizado como solo-cimento, resíduo de construção civil ou industrial, ou somente resíduos e entre outros materiais utilizados para a fabricação dos Blocos e Tijolos e Pisos Ecológicos.

Portanto é muito importante se atentar à escolha correta dos materiais utilizados neste processo, principalmente do solo (terra), que deve ser selecionado de modo que permita o uso da menor quantidade possível de cimento.
Não devem ser utilizados solos que contenham matéria orgânica, pois elas podem prejudicar ou alterar a hidratação do cimento, caso este seja usado em uma mistura, o mesmo deve ser peneirado para retirada das raízes, folhas e outras impurezas que possam aparecer.
Embora existam solos que sozinhos não podem ser utilizados no processo, há possibilidade de se misturar dois ou mais tipos para obtenção de um solo viável que se estabilize e possa ser usado na técnica solo-cimento e entre outros.

O solo antes de ser homogeneizado (misturado) com o cimento ou outros, deve estar de preferência seco, mas caso não seja possível, o aconselhável é que esteja no máximo úmido porque um solo molhado é difícil de ser prensado pela ação da água, pelo fato da água agregar os grãos criando vazios dentro da caixa molde onde são moldados e prensados.

É muito importante fazer uma avaliação prévia da jazida do solo (terra) que será utilizada, realizando testes e ensaios de compactação, para analisar a quantidade que você precisa em sua produção e não faltar no meio do lote desejado.

Os povos antigos

Nossos ancestrais souberam utilizar muito bem a terra, milhares de construções foram erguidas ao longo dos séculos, muitas existentes até hoje. Dentre as mais antigas com uso do solo está o Povoado de Taos, no Novo México/EUA, habitado e mantido pelos descendentes dos índios Taos.
Se a própria história da humanidade demonstra que o solo é firme como rocha quando utilizado tecnicamente da forma correta, imagine o resultado disso com a adição de outras matérias primas e principalmente, usando Máquinas Hidráulicas modernas para a prensagem do solo deixando-o estabilizado, para lhe trazer mais efeitos benéficos. Portanto, a técnica solo estabilizado (solo – cimento, resíduos de construção civil e industrial) é capaz de produzir um aumento enorme na resistência mecânica nas construções que utilizam o solo (terra).

segunda-feira, 11 de março de 2013

Reciclagem de Plásticos

 Por Fernando Rebouças

O plástico é derivado do petróleo, proveniente de resinas sintéticas referidas como polímeros. O termo “plástico” tem origem grega, cuja palavra “plastikós” designa algo referente à moldagem. É uma estrutura flexível, facilmente moldável. Seu uso principal predomina em embalagens de diversos produtos, itens de uso pessoal, garrafas, sacolas de mercado, sacos de lixo e até brinquedos.

 

O primeiro plástico, conhecido como celulose, surgiu em 1864. O atual PVC – Policloreto de Vinila – surgiu em 1913, a passou a ser industrializado durante a II Guerra Mundial. Do petróleo, entre os derivados, retira-se o “nafta” que é encaminhado às indústrias petroquímicas, onde são gerados os gases eteno e propeno.

Por meio de processamento químico, essas substâncias são transformadas em resinas plásticas ou polímeros. Na indústria e no comércio atual, o plástico tem substituído a madeira, metais, itens metálicos, o vidro, o papel e as fibras animais e vegetais, representando vantagens no custo e na sua utilização.

Para mitigar a poluição emitida no processo de fabricação do plástico e seu descarte nocivo na natureza, as empresas e governos de todo mundo têm implementado sistemas de coleta e reciclagem. O processo de reciclagem do plástico é referida como revalorização.
Inicialmente, o plástico é coletado e moído. Posteriormente, o material moído é lavado e enviado a um processo de descontaminação, permitindo a sua granulação. Todo o processo de seleção, moagem, lavagem e descontaminação seguem padrões específicos.

 

No Brasil, a reciclagem do plástico  é um grande desafio pela falta de consciência por parte da indústria e das redes varejistas e pela facilidade de uso e descarte. O plástico coletado pode ser proveniente de postos de coleta seletiva, programas sociais, escolas, cooperativas de catadores ou simplesmente do lixão.

reciclagem  do plástico representa 17,5%. O nosso país conta com o programa “Plastivida” implementado pela Associação Brasileira da Industria Química (Abiquim). Pelas pesquisas realizadas pela entidade, atualmente, o Brasil está acima de países como Portugal e Grécia, países que reciclam abaixo de 5% de seu plástico usado.

O Brasil apresenta um forte potencial de produção para a reciclagem do plástico, estima-se que o nosso país tenha a capacidade instalada na indústria de 340 mil toneladas ao ano em produção. Em 2002, o Brasil produziu 3,9 milhões de toneladas de plástico e, segundo a Plastivida, o Rio Grande do Sul lidera o índice de reciclagem pós-consumo com uma taxa de 27,6%, seguido por Ceará (21,3%) e o Rio de Janeiro (18,6%).

 Fontes:

http://www.cempre.org.br/2004-0102_inter.php

http://www.reciclaveis.com.br/negocios/Plastico/Linha.htm

http://www.unicamp.br/fea/ortega/temas530/mariana.htm

http://www.schoeller-plast.com/recycling.htm

http://panenutella.wordpress.com/2008/05/27/decomporre-la-plastica-in-3-mesi-anziche-1000-anni/

Reciclagem de Latas de Alumínio

Por Fernando Rebouças 

Nos últimos anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial em reciclagem de latas de alumínio. Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio consumido. O Japão ficou em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina , com 88,2%.

Os dados são publicados e atualizados pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e pela Associação da Indústria de Latas (Abralatas). O Brasil conseguiu formar um ciclo permanente de reciclagem e reaproveitamento do alumínio contido nas latinhas.

A reciclagem de alumínio representa uma importante economia de energia para as indústrias.

O processo de reciclagem consome 700 kw/h ao ano, o que representa 5% a menos em comparação ao gasto na fabricação que abrange os processos de elaboração inicial do alumínio, de transformação da bauxita em alumina e a finalização do material em barras de alumínio.

A economia de energia elétrica alcançada com o processo de reciclagem daria para abastecer uma cidade do tamanho de Campinas – SP. No outro extremo, o ciclo de reciclagem gera oportunidades  de ganho financeiro e de mercado para os catadores de latinha e para as cooperativas. A latinha catada nas ruas rende por unidade mais do que o quilo do papel e das garrafas pet.

A cada 74 latinhas recolhidas, o catador recebe cerca de 3 reais , enquanto que pelo quilo de papel, recebe 10 centavos; por 20 garrafas pet de 2 litros, recebe 0,30 centavos.

A reciclagem do alumínio, insumo principal na produção das latas de cerveja e refrigerantes, representa uma grande vitória contra a degradação da natureza. Estima-se que o alumínio pode levar de 100 a 500 anos para se degradar por completo na natureza, enquanto que o ciclo da reciclagem o elimina em 30 dias.

O alumínio é uma material 100% reciclável, e seu reaproveitamento elimina a necessidade de emissão de CO2 na atmosfera pela produção. A emissão cai para 5% no processo de reciclagem.

A reciclagem é feita em dez etapas, por possuir um valor residual mais elevado torna-se numa fonte de renda mais atrativa em comparação ao plástico e ao papel. A sucata de alumínio vale 33 vezes a mais do que o aço e, 55 vezes a mais, do que o vidro.

Confira a seguir os dez procedimentos da reciclagem:
  1. Compra: as latas são compradas pelos consumidores, junto com a bebida.
  2. Consumo: depois de consumida a bebida, a lata vazia é levada por sucateiros aos postos de coleta.
  3. Coleta: Nesses locais, as embalagens são prensadas com todas as suas partes (corpo, tampa e anel)
  4. Prensagem: Neste estágio, as latas são prensadas novamente. Desta vez, em grandes fardos, como são chamados os “pacotes” volumosos e pesados, fáceis de serem transportados.
  5. Fundição: As latinhas são derretidas em fornos especiais para latas de alumínio
  6. Lingotamento: Aqui todo o material é transportado em lingotes fundidos sob a forma de tiras, apropriadas para uma refusão ou transformação
  7. Laminação: Os lingotes passam por um processo de deformação plástica no qual o material passa entre rolos e se transforma em bobinas de alumínio
  8. Novas Latas: As bobinas são usadas para fazer novas latinhas
  9. Enchimento: Na fábrica de bebidas, as latas passam por um processo de enchimento para ganhar aquele tradicional formato “oco” que conhecemos
  10. Consumo: Depois as latas são distribuídas mais uma vez aos pontos de venda, fechando o ciclo de reaproveitamento do alumínio.

Reciclagem da Borracha

Por Fernando Rebouças

A borracha  em seu estado natural é proveniente da seiva da seringueira, referida como um polímero.  A seringueira é uma árvore nativa da Amazônia e sua adaptação em regiões tropicais da Ásia derrubou o ciclo comercial da borracha que havia no fim do século XIX e início do século XX.

 

No decorrer do século XX, na Alemanha, criou-se uma tecnologia capaz de fabricar a borracha a partir do petróleo, a borracha sintética. A borracha sintética é similar à natural, mas não possui a mesma resistência ao calor. Até os dias atuais, muitos artefatos são compostos por borracha sintética e natural.

No Brasil, 70% de toda borracha fabricada é destinada para a produção de pneus. A outra parte serve de insumo para a fabricação de calçados, instrumentos cirúrgicos e até preservativos.

Na reciclagem da borracha, o ator principal entre os material descartados é o pneu. O pneu foi inventado em 1845 por Charles Goodyear. O pneu é composto por 10% de borracha natural (látex), 30% de petróleo (a borracha sintética) e 60% de aço e tecidos de lona.

Na Holanda, segundo um estudo realizado pela Universidade de Vrije, em todo o mundo são fabricados cerca de 2 milhões de pneus novos por dia, uma média de 730 milhões de pneus ao ano. Por outro lado, o planeta descarta 800 milhões de pneus ao ano. No Brasil, são 17 milhões de pneus descartados ao ano.

No processo de reciclagem do pneu  é necessário separar a borracha dos demais componentes por meio de cortes que posteriormente submete a borracha à purificação em peneiras. Cada lasca cortada é moída e posta em processo de digestão em vapor d’ água com produtos químicos capazes de desvulcanizar a borracha usando bases e os óleos minerais.

Em comparação à borracha original, a borracha reciclada possui características físicas inferiores, serve para a fabricação de cobertura de áreas de lazer e quadras de esporte, fabricação de tapetes de automóveis, solados de sapatos, colas, câmaras de ar, material de limpeza como rodo, buchas e outras peças de borracha.

Um pneu usado também pode ser recauchutado com o adicionamento de novas camadas de borracha em pneus carecas. A recauchutagem estende a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia. O pneu velho ainda pode ser usado no lugar do carvão para geração de energia.

Assista no vídeo abaixo alguns trechos do processo de recauchutagem:



 Em Budapeste, Hungria, um engenheiro húngaro criou uma tecnologia de reciclagem de resíduos sólidos de borracha e pneus. Sua ideia foi transformar a borracha em grânulos para a formatação de aglutinados em blocos modulares e transformados em pisos de revestimento capaz de absorver líquidos pela porosidade no material reaproveitável.

Reciclagem de Vidro


Por Fernando Rebouças

O vidro é uma substância inorgânica, amorfa e homogênea, é gerado pelo resfriamento de massa em fusão que solidifica pela crescente viscosidade até o ponto de rigidez, sem atingir o ponto de cristalização.

O vidro foi descoberto por acaso, quando navegadores ao acenderem uma fogueira na praia, descobriram que areia em contato com o cálcio das conchas em alta temperatura  produziam a substância do vidro. Estima-se que por volta de  7.000 a.C os povos da Síria e da Babilônia já o utilizavam.

Nos tempos atuais, a reciclagem do vidro ocorre principalmente por meio do derretimento do vidro antigo para a geração de um novo. No processo de reciclagem o vidro é selecionado por cores: incolor, verde e marrom.

Na maioria dos casos, os vidros encontrados nos lixões são provenientes do lixo doméstico e comercial, abrangendo garrafas, lâmpadas incandescentes, molduras, janelas e potes de conservação para alimentos.

Reciclar vidro é mais econômico do que produzi-lo. Produzir um novo vidro exige o uso dos insumos básicos como a areia, o calcário, o carbonato de sódio e equipamentos de elevação de temperatura. Na reciclagem do vidro usado, todos esses componentes são naturalmente reutilizados. O termo “cullet” refere-se a um vidro pronto novamente derretido.

É um material facilmente reciclável, não possui substâncias tóxicas e nocivas ao meio ambiente. A sua produção não implica em poluição atmosférica, pois boa parte dos fornos atuais utilizados para a sua fundição são ligados pela energia elétrica. Muitas fábricas utilizam o gás natural no lugar da eletricidade para diminuir os custos de produção e diminuir o impacto ambiental.
 

Há dois processos básicos de reciclagem: derretimento e moagem.

Derretimento

Processo mais comum e mais conhecido, requer menor energia para a fundição. Nesse processo o vidro é rederretido e é muito utilizado em escala industrial.

Moagem

Na moagem o vidro moído pode ser adcionado ao cimento como reforço ao material de construção, eliminando a necessidade de adição de componentes agregados na construção civil. Nesse processo, o vidro é moído ou quebrado em cacos. Porém, a sua utilização no cimento tem exigido maiores pesquisas para determinar o grau da reação álcali-agregado, pois o vidro é composto por sílica substância que pode reagir ao álcalis do cimento em meio aquoso, compromento a qualidade do concreto.

Reciclagem de Papel

Por Caroline Faria

Só no Brasil foram produzidos, em 2008, cerca de 8 milhões de toneladas de papel (BRACELPA) e, segundo estimativas os números tendem a aumentar. Ao contrário do que diz o senso comum, o acesso a tecnologias como a internet e o e-mail estão contribuindo para o aumento do consumo de papel uma vez que a maioria das pessoas ainda prefere ler textos e livros em meio físico do que em meio eletrônico. Por isso é cada vez mais importante o trabalho feito pelas empresas na reciclagem dos diversos tipos de papel contribuindo para que haja um menor impacto no meio ambiente.

Atualmente cerca de 50% do papel consumido no Brasil é reciclado e o percentual varia de acordo com o tipo de papel: papéis ondulados (tipo caixa de papelão) tiveram uma taxa de reaproveitamento de 79.5% em 2007; e papéis de escritório (revistas, folhetos, papéis de carta, papel branco, etc.) tiveram no mesmo ano um reaproveitamento de 38.1%, o que representa 817 mil toneladas de papel de escritório (CEMPRE).

Os benefícios da reciclagem do papel  incluem a redução no consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de energia muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do processo. Mas é fato que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores.

Os tipos de papéis que podem ser reciclados são os seguintes: papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; os não recicláveis são: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos. Todos os papéis reciclados depois de coletados por cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os “aparistas” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e novamente vendidas para as indústrias.

O processo de reciclagem do papel é basicamente o seguinte: as aparas adquiridas pelas indústrias são trituradas em uma espécie de liquidificador gigante com água para que suas fibras sejam separadas. Depois um processo de centrifugação irá separar algumas impurezas como areia, grampos e etc.. Em seguida, são acrescentados produtos químicos para retirar a tinta e clarear o papel. Após o clareamento sobrará uma pasta de celulose que pode receber o acréscimo de celulose virgem dependendo da qualidade do papel que se quer produzir. Esta pasta é que será prensada e seca em diferentes equipamentos para formar o papel pronto para consumo.

O preço do papel de escritório reciclado costuma ser maior que o do papel novo devido ao fato de que a demanda ainda é maior que a procura, pois são poucas as indústrias que estão preparadas para produzi-lo. Por isso, o melhor mesmo é reduzir o consumo. Medidas simples como imprimir nos dois lados da folha, aproveitar o papel usado como rascunho e só imprimir o que for realmente necessário ajudam são ainda mais eficazes na redução dos impactos ambientais. E aí sim, o que não for possível reutilizar deve ser encaminhado para a reciclagem.

Reciclagem de pilhas e baterias é MÍNIMA...

 Por Fernando Rebouças

As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, como o mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos.

 
Grande parte das pilhas e baterias descartadas são jogadas no lixo comum sem nenhum tratamento  técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades mínimas ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.

Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 1999. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empresas que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo naturalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.

Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Muitas pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.

Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cultura de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pilhas descartadas são recicladas.

Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resíduos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescentes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.

Se a reciclagem  de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfatório pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e educação que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambiental causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos .

Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas recarregáveis na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados.

Postagens populares

Pôr do Sol Perfeito...

Oceano perpétuo - animação da NASA mostra o movimento dos oceanos. Engrenagem q oxigena a vida!

Em breve a China impactará o mundo! Motor Magnético Chinês.

MÃE NATUREZA

Twitter

Vida Sustentável 2 - André Trigueiro

Seja Bem Vindo!

Na nave Terra não há passageiros, só tripulantes. Cabe a cada um de nós assumir o seu posto!

Não importa o que as pessoas lhe digam...sim, palavras e idéias, podem mudar o mundo.

Vou postar aqui videos, textos de conscientização ecológica e links de sites importantes do gênero. Seja um frequentador assíduo deste espaço e contribua também. Seus textos e dicas são sempre bem vindos! Abrçs!


Motor Magnético - Holanda

VIDEOGRAFICO USINA DE BELO MONTE

ESTUDE INGLÊS E ESPANHOL POR CONTA PRÓPRIA!

Powered By Blogger