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segunda-feira, 11 de março de 2013

Reciclagem de Papel

Por Caroline Faria

Só no Brasil foram produzidos, em 2008, cerca de 8 milhões de toneladas de papel (BRACELPA) e, segundo estimativas os números tendem a aumentar. Ao contrário do que diz o senso comum, o acesso a tecnologias como a internet e o e-mail estão contribuindo para o aumento do consumo de papel uma vez que a maioria das pessoas ainda prefere ler textos e livros em meio físico do que em meio eletrônico. Por isso é cada vez mais importante o trabalho feito pelas empresas na reciclagem dos diversos tipos de papel contribuindo para que haja um menor impacto no meio ambiente.

Atualmente cerca de 50% do papel consumido no Brasil é reciclado e o percentual varia de acordo com o tipo de papel: papéis ondulados (tipo caixa de papelão) tiveram uma taxa de reaproveitamento de 79.5% em 2007; e papéis de escritório (revistas, folhetos, papéis de carta, papel branco, etc.) tiveram no mesmo ano um reaproveitamento de 38.1%, o que representa 817 mil toneladas de papel de escritório (CEMPRE).

Os benefícios da reciclagem do papel  incluem a redução no consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de energia muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do processo. Mas é fato que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores.

Os tipos de papéis que podem ser reciclados são os seguintes: papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; os não recicláveis são: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos. Todos os papéis reciclados depois de coletados por cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os “aparistas” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e novamente vendidas para as indústrias.

O processo de reciclagem do papel é basicamente o seguinte: as aparas adquiridas pelas indústrias são trituradas em uma espécie de liquidificador gigante com água para que suas fibras sejam separadas. Depois um processo de centrifugação irá separar algumas impurezas como areia, grampos e etc.. Em seguida, são acrescentados produtos químicos para retirar a tinta e clarear o papel. Após o clareamento sobrará uma pasta de celulose que pode receber o acréscimo de celulose virgem dependendo da qualidade do papel que se quer produzir. Esta pasta é que será prensada e seca em diferentes equipamentos para formar o papel pronto para consumo.

O preço do papel de escritório reciclado costuma ser maior que o do papel novo devido ao fato de que a demanda ainda é maior que a procura, pois são poucas as indústrias que estão preparadas para produzi-lo. Por isso, o melhor mesmo é reduzir o consumo. Medidas simples como imprimir nos dois lados da folha, aproveitar o papel usado como rascunho e só imprimir o que for realmente necessário ajudam são ainda mais eficazes na redução dos impactos ambientais. E aí sim, o que não for possível reutilizar deve ser encaminhado para a reciclagem.

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